Pular para o conteúdo

O que são as Rodas?

Quem já tentou ou segue tentando, sabe que organizar-se coletivamente sempre foi um dos maiores desafios humanos. Mas, certamente, também é um dos passos evolutivos mais recompensadores que se pode dar.

Trabalhar, viver, ou simplesmente estar “em grupo” é uma tarefa que exige ainda mais superação quando se pretende romper com algumas estruturas viciadas em papéis sociais e posições que, de tão antigas e pré-estabelecidas, engessam os possíveis movimento espontaneos de um coletivo (de um time, uma equipe, um grupo de trabalho etc) em seu potencial de organismo vivo, fértil, criativo e em condições de se autoregular.

O paradigma patriarcal se manifesta nos mínimos detalhes das relações cotidianas e não só entre homens e mulheres, mas entre mulheres e mulheres e homens e homens. Assim, esta “mente patriarcal” (pegando emprestado o título de um livro de Claudio Naranjo) não tem sexo, apesar de se instalar com muito mais facilidade nos homens. Está mais para uma programação mental que influencia a todos em maior ou menor grau, tornando as relações menos humanizadas.

Por isso, o trabalho de Roda que o Percorrendo Masculinidades oferece está dividido em poucos encontros objetivando a facilitação de expressões e movimentos transparentes – dentro de um grupo já existente ou em formação – que buscam conscientizar os anseios do grupo sem que nada atropele as individualidades. Afinal, como também dizia Naranjo, não existe tecido saudável com células doentes.

Muito mais do que a mediação de conflitos, buscamos principalmente trabalhar no sentido de fomentar uma cultura de expansão dialógica dentro de grupos com diferentes perfis, promovendo dinâmicas que podem se tornar hábitos que fertilizem caminhos para objetivos em comum.

Em alguns casos, de acordo com o perfil e a necessidade do coletivo, trabalhamos em parceria com terapeutas mulheres que equilibram a facilitação.