Ler, Ver & Ouvir
Abaixo você tem nossa lista de filmes sobre temas afetos às masculinidades. Mais ao final, um link para nossas dicas literárias. Aproveite!
– Call me by your name (Me chame pelo seu nome), 2017, 132min. Dirigido por Luca Guadagnino e escrito por James Ivory, baseado na obra homônima de André Aciman. O jovem Elio está enfrentando outro verão preguiçoso na casa de seus pais na bela e lânguida paisagem italiana. Mas tudo muda com a chegada de Oliver, um acadêmico que veio ajudar a pesquisa de seu pai.
– This boy’s life (O despertar de um homem), 1993, 155min. Dirigido por Michael Caton-Jones, com roteiro de Robert Getchell baseado na autobiografia This Boy’s Life: A Memoir, de Tobias Wolff. Nos anos 50, Caroline só deseja uma vida melhor para seu único filho, Tobias Jack Wolff. Quando ela conhece o respeitável Dwight Hanses, acredita que alcançou seu objetivo. Mas o padrasto abusa emocionalmente e fisicamente do garoto.
– We the animals, 2018, 94min. Dirigido por Jeremiah Zagar e escrito por Zagar and Dan Kitrosser, baseado no livro homônimo de Justin Torres. Manny, Joel e Jonah seguem o caminho de sua infância, suportando o amor volátil e conflitante de seus pais. Enquanto Manny e Joel estão a caminho de se tornar uma versão de seu pai, Jonah se entrega a um mundo imaginário criado por si mesmo.
– The tree of life (A árvore da vida), 2011, 188min. Escrito e dirigido por Terrence Malick. História de uma típica família americana dos anos 50, formada por um casal e três filhos. A rígida educação, o ambiente e o passado ainda permeiam a vida de Jack, o filho mais velho, que na vida adulta tenta se reconciliar com o pai.
– The weather man (O Sol de cada manhã), 2005, 102min. Dirigido por Gore Verbinski. David Spritz trabalha como apresentador da previsão do tempo em uma TV de Chicago, tendo um relativo sucesso. Ele tem a grande chance de sua vida quando a produtora de um programa nacional o convida para um teste. Porém, apesar do bom momento pelo qual passa no trabalho, seu lado pessoal não poderia ser pior. David acaba de sair de um divórcio e ficou com a guarda dos filhos, problemas que precisa superar se deseja aproveitar a chance profissional que tem.
– A sombra do pai, 2018, 92min. Dirigido por Gabriela Amaral Almeida. Uma criança é obrigada a virar o adulto da casa porque seu pai está doente e, sua mãe, morta. Isso naturalmente cria uma inversão na ordem natural das coisas. A infância se transforma em saga, e a paternidade frustrada em condenação.
– Beautiful boy (Querido menino), 2018, 121min. Dirigido por Felix Van Groeningen e escrito por Luke Davies e Groeningen, baseado nas memórias Beautiful Boy: A Father’s Journey Through His Son’s Addiction, de David Sheff. David Sheff é um conceituado jornalista e escritor que vive com a segunda esposa e os filhos. O mais velho deles, Nic Sheff, é viciado em metanfetamina e abala completamente a rotina da família e do lar. David tenta entender o que acontece com Nic, que teve uma infância de carinho e suporte, ao mesmo tempo em que estuda a droga e sua dependência. Nic, por sua vez, passa por diversos ciclos da vida de um dependente químico, lutando para se recuperar, mas volta e meia se entrega ao vício.
– Moonlight (Moonlight: sob a luz do luar), 2016, 115min. Dirigido por Berry Jenkins. Black trilha uma jornada de autoconhecimento enquanto tenta escapar do caminho fácil da criminalidade e do mundo das drogas de Miami. Encontrando amor em locais surpreendentes, ele sonha com um futuro maravilhoso.
– The wound (Os iniciados), 2017, 88min. Dirigido por John Trengove. Xolani viaja para as montanhas rurais com os homens de sua comunidade com intuito de atuar nos rituais de Ulwaluko, que consiste na circuncisão de adolescentes de origem Xhosa para que eles ingressem finalmente na vida adulta. Xolani assume a responsabilidade sobre um garoto da cidade que o pai teme ser homossexual e, quando o iniciante questionador descobre seu segredo mais bem guardado, o operário não tem mais paz.
– Beach rats (Ratos de praia), 2017, 98min. Dirigido e escrito por Eliza Hittman. Existem aspectos da masculinidade que, se bem problematizados no cinema, podem gerar obras de profunda reflexão sobre o que é ser e sentir-se homem, no aspecto de “papel social” (para exibição, como expressão de gênero); e o que é ser e sentir-se homem como característica íntima, no olhar para o corpo e no exercício da libido (com o sentimento, o conforto — e também os desconfortos! — de pertencer a um gênero com o qual se identifica). Escrito e dirigido por Elisa Hittman, Ratos de Praia (2017) se propõe a olhar para essa questão a partir de um polo que conhecemos de diversos outros filmes: a do jovem no conhecido ambiente machista de nossa sociedade, um lugar não necessariamente homofóbico (no caso desse jovem), mas claramente resistente a posturas do homem que não sejam as do predador de mulheres, do soldado, do porto seguro para todas as ocasiões possíveis e imagináveis.
– Chevalier, 2015, 105min. Dirigido por Athina Rachel Tsangari. Um grupo de homens está retornando de uma viagem de pesca, quando um problema no luxuoso iate deixa o barco preso em algum lugar do mar Egeu. Para passar o tempo, eles criam um jogo divertido e altamente competitivo chamado Chevalier. Amigos vão se tornar rivais e tudo o que for feito e medido vai contar como pontos para ver quem é o melhor homem.
– Strano Telo, 2018, 120min. Escrito e Dirigido por Dusan Zorik. Querendo provar sua masculinidade para seus amigos bonitões, ele quer conquistar uma garota. Quando encontra a vítima traumatizada de um abuso ele encontra também a sua parte agressiva.
– Força maior, 2015, 120min. Dirigido por Ruben Östlund. Durante as férias nos Alpes Suíços, uma família é surpreendida por um terrível deslizamento de neve que se aproxima do restaurante onde estão abrigados. Cego pelo desespero, o pai, Tomás, reage impulsivamente e sua atitude se transforma em um grande perigo para a segurança do seu casamento e também para o relacionamento com seus filhos.